O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, dezembro 19, 2017

in MEMORIAM


O TEU NOME

"Não me digas o teu nome. Apenas existo na solidão dos cheios de alma. Trago a memória naufragada de amores intensos. Hoje, sou apenas Eu, mais inteira e, contudo toda nua.
Esperar por um homem, é uma batalha perdida; devíamos esperar por algo maior que nos faça inteiras. Temos essa capacidade, se tivermos a ousadia de quebrar o nosso apego. Se os homens têm a arrogância de dizer que, a mulher é apenas mulher, então, a mulher deveria ter a coragem de não o esperar e focalizar-se naquilo que lhe dê uma dimensão mais abrangida de si mesma.
Nunca deixes que te suguem até aos ossos. Há vampiros invisíveis que se travestem de madames poderosas e belas e amáveis. Eles se alimentam na noite, em solo inconsciente, e nunca o fazem à luz do consciente. Estes são os poderosos vampiros, que nunca comprometem a sua avidez à claridade de um sol. Nunca deixes suas antenas sintonizar o teu solo sagrado."


NãoSouEuéaOutra in ''Crónicas Rápidas e Curtas''

Ana Ceramica

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