O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, dezembro 11, 2017

POSITIVO E NEGATIVO




 Há dias  fui agredida violentamente ao nível verbal e das energias...por uma jovem mulher desconhecida, a quem algumas palavras proferidas por mim (sobre a cisão da mulher?) - vá-se lá saber o porquê de tanto ódio acumulado - quando numa palestra a que assisti e no fim expus a minha ideia da causa do conflito e do antagonismo entre as mulheres, essa mulher deu um grito estridente e de agressão a minha pessoa - fui atingida como por um dardo de ódio como nunca senti na minha vida.... Fiquei tão perplexa como abismada de tanto ódio e por ter ali a  prova provada, de repente, inesperadamente, de como a mulher se submete tão facilmente ao homem (o orador) e ao mestre ou ao amante e recusa visceralmente a palavra ou o saber de outra mulher neste caso, de uma mulher de idade - sem sombra de respeito pela idade e a experiência vivida...
Um belo e perfeito exemplo de como as mulheres são na verdade ainda  inimigas umas das outras...
Depois disto e nestes dias, após sofrer essa  violenta agressão "psíquica" e energética (que energias densas se moviam ali) de outra mulher em publico, revi o confronto e a agressividade de algumas mulheres comigo no facebook, assim como me lembrei de algumas agressões em comentários nesta página...e sobretudo da parte de mulheres o que mais me espanta; não sei se me leem desse modo e se ressentem ou reveem para me responderem com agressividade ou se eu sou agressiva para elas, quando falo sobre os "defeitos e qualidades" da mulher em si e da sua divisão intrinseca, e que perante a crueza dos factos enumerados ou relatados que não querem ver, acabam por reagir de forma agressiva e às vezes violenta contra mim, mas o certo é que da minha parte em momento algum eu pessoalizo as minhas questões...
Não estou contra ninguém...nem quero visar ninguém em particular. Tão pouco me  considero boazinha nem mazinha, apesar da minha "sósia" aparecer muitas vezes por aqui de vassoura em riste, mas eu mantenho-me apenas como uma mera observadora e intérprete de uma certa realidade sobre a qual me debruço. Nada mais - nada tenho, sublinho, contra as mulheres nem contra os homens, não me move qualquer animosidade, bem pelo contrário...sinto-me uma pessoa pacificadora e acolhedora por mais paradoxal que possa parecer. Só não sou hipócrita nem finjo o que não sinto...

Acontece que no facebook e em grupos, mais do que aqui no Blog, tenho verificado o quão difícil é para as mulheres compreenderem e aceitarem essa sua divisão intrínseca, psiquica, e por isso a negam mas que está bem patente na rivalidade que manifestam com as outras mulheres e como se afirmam opositoras umas das outras. Elas não sabem o porquê dessa divisão na vida real...e por isso seguem os homens como seus "salvadores" - é fácil verificar como é mais fácil seguirem processos ditos espirituais, vias masculinas de submissão ao homem, aceitando mentores ou mentoras que apresentam as  suas teses acerca do feminino ora de forma "construtiva", muito certinhas e bonitinhas e incutem no espírito das mulheres a ideia das energias positivas, ou a serem sempre positivas e passivas ...ou então o que me parece ter sido o caso em questão, são apologistas das "energias negativas",  satânicas ou demoníacas, nos casos de certos grupos esotéricos de magos negros etc. ou ainda  são todas muito felizes e estão sempre do lado do "bem e da luz", cheias de amor e luz etc.

Ironicamente nem as mulheres se apercebem que elas são o polo dito negativo, o feminino como princípio e que a Sombra e o lado escuro, a Lua, se opõem ao dito positivo e ao Sol, ao princípio masculino...e que em qualquer processo de evolução elas não tem senão que assumir esse lado escuro e irem ao fundo de si mesmas buscar primeiro essas suas reservas, ir ao inconsciente e aceitar esse lado aparentemente negativo como qualidades complementares e que são as suas inerentemente à sua natureza de fêmeas, mas que foram sempre nelas reprimidas porque associadas ao diabólico...ao selvagem...
Assim, verifico que mesmo nos ditos "processos espirituais" as mulheres são desviadas de si mesmas enquanto seres da Sombra...e das profundezas,  usando os seus poderes sombra como seres representantes do polo feminino explorando apenas o lado  negativo, tanto como o seu contrário, quando na verdade seria necessário unir os dois lados, o negativo lado  obscuro e noturno e o lado diurno e solar, em função da sua evolução e Consciência individual como Mulher  e não em função do homem ou exclusivamente nas suas relações com o homem...
Na verdade poucas mulheres integram os dois lados de si, sombra e luz, negativo e positivo, dentro de si, nem sequer  trabalham a sua psique, mas sim e mais uma vez colocam-se do lado masculino, ao serviço  da sociedade patriarcalista, ao serviço da sociedade que a domina e perverte essa sua natureza instintiva e intuitiva, usando-o para o "mal" ou mantendo-a ao serviço da espécie e do Homem, sempre submissa e submetida....mesmo que grite aos quatros ventos que é livre, não passa de uma escrava.

Há ainda outras mulheres, mais intelectuais,  que procuram na erudição e o saber no conhecimento mental e dentro da cultura vigente ou na psicologia patrista, dita cientifica, estimuladas a  encontrar soluções culturais e socias para melhor servir a sociedade, mas ainda aí ou sobretude aí...elas não percebem que seguem os caminhos da sua negação individual enquanto Mulheres e Mães cientes de si em negação da linha matrilinear e na negação da sua Matriz, para cederem de novo ao Pai e aos Mestres...seja através da Família da Filosofia seja da Psicologia ou mesmo da Metafísica e do Esoterismo...Elas seguem CEGAMENTE o pensamento e as palavras do homens que as exclui até da linguagem...todas elas dizem orgulhosamente e do cimo da sua sapiência: "O Homem..."

rlp

Sem comentários: